O Dalai Lama, pessoa que admiro profundamente, disse algo e esse algo eu peguei pra mim: não se trata de dizer não para as coisas, porque dizer não é difícil, trata-se, ao contrario de dizer sim pra felicidade, assim quando vou fazer algo eu penso se isso vai me trazer felicidade.
Seguir isso não é tão fácil quanto possa parecer. Faz tempo que tento, agora começo a conseguir, pouco, devagar, mas começo.
Ontem eu me concentrei nisso. Hoje acordei e tive um dia bom. Porque não fiz nada que não fosse me trazer felicidade.
Saber o caminho é fácil. Percorrer é difícil. Conseguir é delicioso!
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Eu que não te amo!
- Foi sem querer.
- Não, não foi, você sabia, sabia desde o começo.
- Não pude prever.
- Volta, fica...Perdão...
- Não posso perdoar.
- Por que?
- Porque desamor é a pior ofensa possível.
- Mas você não me amava...como pode exigir...
- Não interessa...Não te absolvo!
- Não, não foi, você sabia, sabia desde o começo.
- Não pude prever.
- Volta, fica...Perdão...
- Não posso perdoar.
- Por que?
- Porque desamor é a pior ofensa possível.
- Mas você não me amava...como pode exigir...
- Não interessa...Não te absolvo!
domingo, 21 de junho de 2009
Indefesa, em defesa
Estava na janela, sem nada, por nada, ócio mental.
Olhar perdido no vento, na árvore que balança precária. Meu pai também ficava olhando essa árvore... Posso ter esse olhar de volta, e jamais terei aqueles olhos outra vez. Gosto da árvore e do olhar que me traz.
Lá, em cima da colina, as crianças gritam, é uma escola. Quatro meninas correm desnorteadamente. Observar a vida alheia é bem mais confortável que lidar com nossas próprias lembranças.
Estão eufóricas com uns artefatos que parecem ter conseguido por lá mesmo, nos fundos da escola. Tem cordas e pedaços de tábuas. Fiquei mesmo curiosa com o que pudessem fazer com isso.
Crianças, tão lindas! Quando fico frustrada e cansada com o peso de tudo, por vezes olho crianças e penso: ainda há um jeito!
Cena quase bucólica, não fossem a madeira e a corda, até mesmo pássaros há na colina. Lembrei-me de Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo. Crianças tão inocentes quanto pássaros.
Havia uma líder entre as quatro; uma segunda que seguia fielmente a líder; uma terceira medrosa que parecia não querer fazer uso dos artefatos; e a quarta totalmente apática. Sempre há um apático em toda historia.
Por fim descubro o porquê da tábua e da corda: ambas são pra tentar atingir os pássaros.
Estão as quatro antes elfas, tentando matar, exterminar os pássaros. Os lírios do campo foram despetalados. Maquiavel pareceu-me bem mais apropriado. Retive meus pensamentos. Há situações sobre as quais a reflexão leva ao abismo. Melhor alienar-me.
O vigilante chegou para proteger...
Proteger a quem?
Olhar perdido no vento, na árvore que balança precária. Meu pai também ficava olhando essa árvore... Posso ter esse olhar de volta, e jamais terei aqueles olhos outra vez. Gosto da árvore e do olhar que me traz.
Lá, em cima da colina, as crianças gritam, é uma escola. Quatro meninas correm desnorteadamente. Observar a vida alheia é bem mais confortável que lidar com nossas próprias lembranças.
Estão eufóricas com uns artefatos que parecem ter conseguido por lá mesmo, nos fundos da escola. Tem cordas e pedaços de tábuas. Fiquei mesmo curiosa com o que pudessem fazer com isso.
Crianças, tão lindas! Quando fico frustrada e cansada com o peso de tudo, por vezes olho crianças e penso: ainda há um jeito!
Cena quase bucólica, não fossem a madeira e a corda, até mesmo pássaros há na colina. Lembrei-me de Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo. Crianças tão inocentes quanto pássaros.
Havia uma líder entre as quatro; uma segunda que seguia fielmente a líder; uma terceira medrosa que parecia não querer fazer uso dos artefatos; e a quarta totalmente apática. Sempre há um apático em toda historia.
Por fim descubro o porquê da tábua e da corda: ambas são pra tentar atingir os pássaros.
Estão as quatro antes elfas, tentando matar, exterminar os pássaros. Os lírios do campo foram despetalados. Maquiavel pareceu-me bem mais apropriado. Retive meus pensamentos. Há situações sobre as quais a reflexão leva ao abismo. Melhor alienar-me.
O vigilante chegou para proteger...
Proteger a quem?
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Pavor
Destruiu todas as rosas por medo do perfume
Roubou todas as placas receando chegar ao destino
Manteve-se por vidas acordado por medo de sonhar
Trancou-se como um cofre temendo receber carinho
Fechou seus olhos pra não ver a sinceridade
Afastou-me de seu corpo pra continuar sentindo frio
Não viveu por medo de ser feliz...
Roubou todas as placas receando chegar ao destino
Manteve-se por vidas acordado por medo de sonhar
Trancou-se como um cofre temendo receber carinho
Fechou seus olhos pra não ver a sinceridade
Afastou-me de seu corpo pra continuar sentindo frio
Não viveu por medo de ser feliz...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Miseráveis no Orkut
O Orkut é o um dos lugares em que mais se expõe a miséria humana. Não to falando de miséria de dinheiro não. Miséria no sentido mais abrangente: de vidas miseravelmente fúteis, miseravelmente estúpidas, miseravelmente vazias. A miséria de comentários miseravelmente hipócritas, como vejo às vezes em fotos, notadamente horrorosas, logo abaixo: “Nossa como você está linda/o”.
O Orkut é o show da solidão. O reality do profundo tédio.
Se tenho Orkut? Sim, tenho. Se sinto solidão? Sim, sinto.
Se pego meu celular e tiro 45 fotos de mim mesma e coloco em um álbum intitulado “Eu” ?
Não, esse grau de bestialidade ainda não me acometeu, Como já passei, a muito, da adolescência creio mesmo que não mais acometerá.
Penso que vida triste e vazia de alguém que tira fotos e mais fotos de si mesmo (de tão parecidas que precisaria ser perito pra ver a diferença), na sua própria casa, no banheiro, em lugares com fundos horríveis e coloca lá no Orkut. É muita necessidade de dizer aos outros que existe, mesmo assim, miseravelmente.
Se tenho fotos ridículas, nas quais fiquei feia? Claro que tenho. Só que tenho, também, o cuidado de apagá-las, de não expo-las, pra não ouvir um “Nossa que linda”, numa foto miseravelmente ridícula minha.
Outro dia, naquele Quem sou eu vi isto: “bla bla bla, bla bla bla....boêmio”.
Detalhe essa pessoa raramente sai de casa. Como alguém que não tem onde ir e não vai a lugar algum pode intitular-se boêmio?
Miséria, a mais absoluta condição da solidão que leva a miséria.
Se o Google fosse uma pessoa, eu atravessaria a rua quando a encontrasse, de vergonha.
O Orkut é o show da solidão. O reality do profundo tédio.
Se tenho Orkut? Sim, tenho. Se sinto solidão? Sim, sinto.
Se pego meu celular e tiro 45 fotos de mim mesma e coloco em um álbum intitulado “Eu” ?
Não, esse grau de bestialidade ainda não me acometeu, Como já passei, a muito, da adolescência creio mesmo que não mais acometerá.
Penso que vida triste e vazia de alguém que tira fotos e mais fotos de si mesmo (de tão parecidas que precisaria ser perito pra ver a diferença), na sua própria casa, no banheiro, em lugares com fundos horríveis e coloca lá no Orkut. É muita necessidade de dizer aos outros que existe, mesmo assim, miseravelmente.
Se tenho fotos ridículas, nas quais fiquei feia? Claro que tenho. Só que tenho, também, o cuidado de apagá-las, de não expo-las, pra não ouvir um “Nossa que linda”, numa foto miseravelmente ridícula minha.
Outro dia, naquele Quem sou eu vi isto: “bla bla bla, bla bla bla....boêmio”.
Detalhe essa pessoa raramente sai de casa. Como alguém que não tem onde ir e não vai a lugar algum pode intitular-se boêmio?
Miséria, a mais absoluta condição da solidão que leva a miséria.
Se o Google fosse uma pessoa, eu atravessaria a rua quando a encontrasse, de vergonha.
Assinar:
Postagens (Atom)