domingo, 30 de novembro de 2008

Ser melhor

Queria ser melhor.
Queria ser melhor pessoa.
Melhor filha.
Melhor cristã.
Melhor amiga.
Melhor inteligencia.
Melhor cidadã.
Melhor ideias.
Melhor ariana.
Queria ser melhor!

sábado, 15 de novembro de 2008

Como filé, mas leio muito sobre a fome!

No final de semana passado houve no parque Ibirapuera uma show com o raper Kanye Wast.
Rap: tradicionalmente engajado, o canto dos guetos, a voz das minorias, emblemático, uma forma de insurjeição dos excluidos, né?!
Mas o ingresso pra tudo isso custava R$250,00.
Só havia pessoas com renda percapita acima de 5 mil. Pessoas vindas da zona sul, hiper-mega, rica de São Paulo.
Isso é contradição?
Não isso é rídiculo mesmo, uma contradiçao em termos, como alguém pode cantar rap só pra pessoas que nunca souberam o que é estar nas margens?
É como esses estudiosos das mais variadas áreas que ficam postulando sobre a fome em cima de seus pratos cheios. É como falar de frio em frente à lareira.
É mesmo patético. Pior do que um rico fútil (pleonasmo vicioso), é um rico fútil pagando de politizado.
Esse raper também, vendido! Cantando para um bando de playboys que nunca esperaram por nada na vida.
A teoria da tragédia é até romantica. Nos livros a fome, a miséria e o desalento não doem.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O que será de mim?

O que será de mim quando de mim não for mais palavras?
O que direi eu, quando disser que não sei mais dizer?
Não sou mais que devaneios literários, por vezes incongruentes, outras desconcertantes, ilógicos, insanos e delicados.
Não sou mais que palavras, não sei ser mais do que palavras. Sou pouco?
Já senti que sim, por outras sinto ser eu toda poesia, eu toda letras e sons e pensamentos e sentimentos e como amo ser assim.
E não é exatamente minha matéria formadora que de ti me atinge!?
São suas palavras e silêncios que me esfaqueiam a alma.
O que resumidamente sou eu mais do que uma frase?
Dentre tantas possíveis não sei uma para te dizer.
Nem como te dizer. Tampouco o que.
Mas contradizer-se e fingir não é a arte primeira de um a poeta?
É.
Muito bem. Eu não sou uma poetisa.
Sou só. Sou só um coração transbordante e itinerante.
Mas, o que será de mim quando de mim não for mais palavras?

domingo, 9 de novembro de 2008

Eu não sei

Ah...Realmente nada é mais forte que a vontade e nada destroe mais essa fortaleza que a outra vontade contrária.
Devo ser dessas pessoas que não lidam bem com o silêncio. Incomoda meus sentidos. Meus ouvidos.
Talvez a beleza única do mundo esteja em não perder tempo, não vendo essa beleza. Eu tentei ainda te dizer.
Mas eu não sei esperar, não sei refrear, e também não sei o que exatamente estou tentando dizer, porque pela primeira vez, não sei exatamente o que estou sentindo.
Talvez daqui um pouco, quando não estiver mais sentindo eu saiba. Talvez.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pó nojento

Ter deixado a porta aberta foi um lapso imperdoável. Não digo um pecado, pois seria cômico dizê-lo.
Você é um canto. Muito boa definição de ti. Um canto. Saiu pela porta e se transformou num canto.
Há algo mais desprezado por todos do que o canto?
Não.
Um canto é um lugar não ido, não visto, em alguns casos extremos até não limpo, ainda, não percebido, não usado, empoeirado, um canto. Não amado. Nunca amado.
Há poeira nos cantos.
Você é um cão no mundo, alguém repugnante.
Você é ruim de olhar, de falar, de pensar, é como um saco de lixo podre: vai derramando mau cheiro e dejetos por onde passa.
Talvez te odiar seja muito. Deve ser o desprezo seu companheiro eterno.
Você subverteu a ordem bíblica: porque do pó vieste, no pó viveste e para o pó voltaras, sem nada ter deixado nessa vida, senão nojo, asco.
Morta viva. Canto.
A porta era do inferno. Aberta você saiu. Demônio rebaixado, decaído. No limbo é ainda feia entre os devassados.
Quem é você?
Um ser rastejante, um corvo podre que ousou tentar tirar o que era meu.
Pobre demônio putrefeito!

domingo, 2 de novembro de 2008

Confissão

O tudo é tudo por instantes. O vento leva a areia, desmancha o cabelo, desmorona o perfeito...Era... De dias tão sonhados, restou um "click"... Não mais importa, relevancia é o espaço vazio do esquecido!