segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O que será de mim?

O que será de mim quando de mim não for mais palavras?
O que direi eu, quando disser que não sei mais dizer?
Não sou mais que devaneios literários, por vezes incongruentes, outras desconcertantes, ilógicos, insanos e delicados.
Não sou mais que palavras, não sei ser mais do que palavras. Sou pouco?
Já senti que sim, por outras sinto ser eu toda poesia, eu toda letras e sons e pensamentos e sentimentos e como amo ser assim.
E não é exatamente minha matéria formadora que de ti me atinge!?
São suas palavras e silêncios que me esfaqueiam a alma.
O que resumidamente sou eu mais do que uma frase?
Dentre tantas possíveis não sei uma para te dizer.
Nem como te dizer. Tampouco o que.
Mas contradizer-se e fingir não é a arte primeira de um a poeta?
É.
Muito bem. Eu não sou uma poetisa.
Sou só. Sou só um coração transbordante e itinerante.
Mas, o que será de mim quando de mim não for mais palavras?

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