terça-feira, 12 de maio de 2009

Estranha, diferente, exótica, esquisita, eu.


Já disse, aqui mesmo, isso da diferença é algo, contemporaneamente, caçado como focas no Alasca (comparado com algo escabroso, porque o é).
Pense numa caçada. Pensou? Caçar ser diferente é inútil. É quase como ter sensibilidade. Ou se nasce com ela, ou não. O que se pode fazer é apurá-la, no máximo. Um ser tosco e insensível e grosso e estúpido e boçal, jamais verá a beleza cândida e inebriante de um nascente do sol, jamais.
Mas isso de ser diferente é como ter sardas (eu tenho): todos acham muito bonitinho, quem tem geralmente detesta, faz tudo pra mudar, tenta arrancar de si, faz de tudo, até que desiste e passa a conviver com elas, as sardas.
Eu já quis ser como todos. Fazer parte da maioria. Nunca consegui. Hoje sou assumidamente diferente, estranha, exótica, esquisita, depende da boca que fala.
Sou alguém sem amarras, nem mesmo sotaque eu tenho. Sou paulistana. Nascida na Mooca, muito paulistana. Meu pai era extremamente paulistano. E eu não tenho sotaque. Não tenho sotaque de lugar algum.
Porque não tem uma caixa de onde eu tenha saído. Não tem uma série ou lote que seja minha. Não há um grupo ao qual eu pertença. Nada. Antes isso me assustava um pouco, hoje não mais.
Adoro quando me acusam de ser estranha. Quando perguntam de que planeta eu vim. Adoro dizer que leio todos os manuais de todos os produtos eletroeletrônicos, antes de ligá-los e tantas outras coisas assim.
Sou assim arianamente assim, ao menos com o meu signo tenho alguma simbiose.

Um comentário:

  1. Qndo as pessoas saem de um “padrão geral” elas são tachadas como esquisitas, diferentes ou doidas.. rs.... eu gosto dessas opções rs.. mas tb tem gente que preza pelo “diferentismo” (acabei de inventar isso), q é aquela galera que tem que ser necessariamente excêntrica, aí acabam sendo iguais, é aquilo que identificamos nos materiais do IC!! Qndo tds os “diferentes” se unem, ficam todos iguais!!! Rs...

    Bjo, LINDONAAAAAAAAAAAAAAA

    ResponderExcluir