domingo, 18 de janeiro de 2009

Não sou deste planeta!


Quando eu estava na terceira série do ensino fundamental, eu recebi o maior elogio já a mim feito. Foi uma mulherzinha tida por todos como professora, que em certa feita disse-me assim:
- Você só vai ficar com dez neste texto porque eu não encontrei de onde você copiou!
Enquanto todos riam de mim e ela satisfeita por achar que havia me humilhado, eu, júbilo. Eu, felicidade.
Porque os elogios vem assim, quando não nos querem dá-los. Pensei na hora do acontecido, que pra aquela idiota, vulgar, burra, imbecil e péssima professora crer que eu havia copiado o meu texto, eu, uma criança, era porque ele estava com muita, muita qualidade e, eu sabia, quem o tinha escrito. A múmia estupida jamais devolveu meu primoroso texto. Sempre dizia que ia trazê-lo. Mas eu fiz muitos outros depois. Era uma vaca, e não era indiana.
Assim, novamente recebi um elogio ontem. Não sei, ainda, o intuito do dito, mas foi um dito assim dito por dito...Foi:
- Você é deste planeta?
Em um mundo onde as pessoas debatem-se pela diferença, por serem únicas. Pintam e furam o corpo nesse intuito, ser considerada diferente por suas atitudes, por seus atos e, ainda, por alguém que não tinha o interesse de te elogiar é absolutamente maravilhoso.
As vezes nos entregam, os outros, facilmente, o que nem em sonhos pensariam em nos dar conscientemente.

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